Deixamos de fazer coisas importantes para nossa sobrevivência, sem nos dar conta que o tempo que perdemos não vai voltar. Aprenda, treine até não errar mais, evolua seus conhecimentos para o que é útil e importante e muito obrigado por deixar um pouco do seu tempo aqui, valeu mesmo.
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Batata, quando meu filho mais velho foi sequestrado aos 13 anos fui para uma floresta na mata atlântica com meu filho caçula, a cara e a coragem, porque também tinham tentado levá-lo. Um tempo antes tinha sido esfaqueada por um desconhecido contratado para atacar-me.
Era uma urbanoide paulistana, profissional conceituada e bem empregada, com trabalhos relevantes para o exército brasileiro, empresa de correios e telégrafos e empresas de alta tecnologia, inclusive fiz parte da equipe de belgas que implantou o sistema de microondas no Brasil para a expansão da telefonia em todo o território nacional.
Fui embrenhar-me na mata com meu filho caçula sem nunca ter sequer visto um facão. Literalmente desci do salto, abandonei as saias e vestidos e tornei-me uma sobrevivente a partir do nada, completamente isolada. Tempos antes, uma pessoa havia negociado informações do nosso paradeiro. Sendo assim, desta vez achei melhor “desaparecer”.
Comecei exatamente como no Primitive Tech, por puro instinto. Além, é claro de ser do tempo do Roy Rogers, Tarzan, Jim das Selvas, Fantasma, Manual do Escoteiro Mirim, As Aventuras de Tom Sawyer, As Aventuras Huckleberry Finn, A Lagoa Azul, etc.
Sim, Batata! É possível a partir do NADA sobreviver isolada numa floresta: fiquei lá por quase dez, DEZ, 10 anos.
Concordo com você: é preciso tempo, muito tempo. Era só o que eu tinha: tempo e um filho para proteger.
Há alguns anos voltei, mas, não me acostumo mais a viver aqui. Prefiro o isolamento da mata.