Tudo sobre a babosa

Alguns historiadores consideram que a babosa é o grande segredo de beleza utilizado por Cleópatra, no antigo Egito e que ela era transportada pelos soldados de Alexandre, o Grande, como medicamento de primeiros socorros.

Antigos grupos indígenas mexicanos e da América do Norte utilizavam esta planta para tratamento da pele, cabelos e problemas estomacais.

De origem africana, a babosa pertence à família das Liliáceas e é parecida com o cacto. Existem aproximadamente 400 espécies de Aloe vera pelo mundo, mas somente 3 são comestíveis e nenhuma é encontrada no Brasil.

As duas espécies mais conhecidas são:

Aloe arborescens: possui ação no tratamento de tumores, inclusive de câncer. Suas propriedades medicinais se encontram no gel, e não nas suas folhas. Suas folhas finas, quando ainda na terra, vão se abrindo de forma a facilitar a captação de raios solares.

Aloe Barbadensis miller: essa espécie de babosa possui muito gel no interior das suas folhas, dando à planta um aspecto mais suculento. É um desintoxicante natural, e pode ser usado para a limpeza interna e externa, dando ao corpo muito mais vitalidade e à pele, é encontrada no Texas e Mexico, e que tem mais de 200 componentes ativos, incluindo a vitamina B12 que é de origem animal.

A Aloe Vera melhora o equilíbro do corpo sim, mas você deve ter muita atenção ao ingeri-la. Certifique-se que está consumindo a espécie correta pois as plantas encontradas no Brasil são ricas em aloína, uma substância muito tóxica para o organismo, especialmente para o fígado.

As utlizações mais comuns da Aloe Vera são para uso externo, no tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, queda de cabelo e espinhas, a babosa.

Características

Aloe vera é uma planta com caule curto ou longo, que cresce até 0,6-2 m de altura, multiplicando-se por brotamento.

A borda da folha é serrilhada e tem pequenos dentes ou espinhos. As flores são produzidas no verão em uma espiga de até 1m de altura, cada flor sendo pendente, de cor amarela e formato tubuloso de 2-3cm de comprimento.Como outras espécies do gênero, Aloe vera forma micorriza arbuscular, uma simbiose com um fungo, que permite à planta um maior acesso a nutrientes minerais no solo. Suas folhas contêm substâncias químicas sob estudo para avaliação de possíveis atividades, tais como acetilados mananos, poliarmanes, antraquinona C – glicosídeo, antronas, outras antraquinonas, como emodin e várias lectinas.

Cultivo

Aloe vera pode crescer como uma planta ornamental. Pode ser cultivada como ornamental, sendo popular entre os jardineiros modernos como uma planta medicinal e por suas flores, forma e suculência interessantes. Esta suculência permite que as espécies que a possuam sobrevivam bem em áreas com pouca chuva, tornando-se ideais para jardins com baixa utilização de água.

Em vaso, a espécie requer um solo bem drenado e arenoso e condições luminosas e ensolaradas. Suas plantas podem queimar sob muito sol ou murchar quando o vaso não drena a água. Recomenda-se o uso de uma mistura de propagação comercial de boa qualidade ou de “mistura de cactos e suculentas” embalados, pois permitem uma boa drenagem. Quando colocada em vaso, pode ficar com muitos “brotos” que crescem dos lados da “planta-mãe”. As plantas nesta condição devem ser divididas em vários vasos, para maior crescimento e ajudar a prevenir infestações de pragas. Durante o inverno, Aloe vera pode ficar “adormecida”, durante o qual é necessária pouca umidade.

Em alguns países existe uma produção agrícola em larga escala para abastecer a indústria de cosméticos.

Toxicidade
A medicação de uso tópico de Aloe vera não está associada a efeitos colaterais significativos. A ingestão oral de Aloe vera, no entanto, pode causar cólicas abdominais e diarreia, que por sua vez podem diminuir a absorção de remédios. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) descobriu que ingestão de líquido não decolorado de Aloe Vera é cancerígeno em animais e afirma que é um possível cancerígeno em humanos também.

No Brasil a ANVISA alerta para riscos do consumo de alimentos e sucos com Aloe vera, que não é seguro e não há registros para consuo oral, contudo o uso de gel tópico para cicatrização está aprovado pela ANVISA.

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